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O que são

O smartphone está cada vez mais presente na vida das pessoas. Todavia, o seu uso generalizado expõe os utilizadores a algumas ameaças ao ciberespaço que afetam em particular este tipo de dispositivo. Uma das funcionalidades mais utilizadas nos smartphones são as mensagens instantâneas enviadas através de aplicações dedicadas a este fim ou redes sociais que disponibilizam este serviço. É através destas mensagens que muitas fraudes ocorrem, afetando qualquer tipo de pessoa que tenha um smartphone, mesmo que não use um computador.

É possível caracterizar estas mensagens fraudulentas em pelo menos cinco tipos principai:
  1. Mensagens que personificam uma pessoa conhecida ou uma organização com vista a conduzir a vítima a realizar transferências bancárias para um agente malicioso;
  2. Mensagens que personificam uma organização com o objetivo de recolher informação sensível, como palavras-passe ou números de cartões de crédito;
  3. Mensagens que procuram conduzir o utilizador a instalar programas maliciosos que comprometem a segurança do dispositivo;
  4. Mensagens com desinformação que visa condicionar a perceção dos utilizadores com preconceitos e/ou informações falsas;
  5. Mensagens com conteúdos nocivos que pretendem perseguir, perturbar e/ou extorquir a vítima, mediante, por exemplo, imagens de teor sexual.



O que fazer 

  • Desconfiar de mensagens de números desconhecidos, mesmo quando afirmam ser de pessoas ou organizações conhecidas;
  • Verificar através de outros canais (como telefone, email ou presencialmente), junto do remetente identificado, sempre que é feito algum pedido importante através de mensagem, como uma transferência bancária ou a partilha de dados pessoais;
  • Evitar clicar em links de mensagens com origem desconhecida ou suspeita;
  • Não partilhar informação sensível através de mensagens, quer diretamente, quer em websites para onde se é redirecionado;
  • Instalar aplicações apenas de website oficiais de vendas de aplicações;
  • Configurar o perfil de privacidade e segurança das aplicações com mensagens instantâneas para as opções mais restritivas (por exemplo, não permitindo que números desconhecidos façam associações do número a grupos);
  • Partilhar mensagens com notícias apenas se tiver a certeza de que a informação veiculada é de fonte fidedigna, como órgãos de comunicação social reconhecidos pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social;
  • Verificar a veracidade de uma imagem antes de a partilhar (por exemplo, se existe noutras fontes reconhecidas);
  • Não responder a mensagens provocadoras, agressivas e/ou de alguma forma tóxicas, evitando assim alimentar discursos de ódio, bullying e/ou perseguições;
  • Sempre que detetar mensagens instantâneas fraudulentas, denunciar o caso às autoridades competentes.



Dados

  • Em 2022, os casos conhecidos como “Olá, pai… Olá, mãe”, em que alguém envia uma mensagem através de WhatsApp personificando o filho do destinatário e pedindo apoio financeiro à vítima, foi dos casos mais denunciados ao Gabinete Cibercrime do Ministério Público (Riscos e Conflitos, 2023);
  • Em Portugal, em 2021, 91% dos indivíduos afirmaram usar aplicações de mensagens instantâneas, mais 12 pp do que a média da União Europeia (Eurostat);
  • Em inquérito realizado em 2021, 30% das PME em Portugal estavam preocupadas com a escuta não-autorizada em videoconferências ou mensagens instantâneas, mais 16 pp do que a média da União Europeia (Eurobarómetro);
  • Em 2022, a fonte principal de notícias para 20% dos indivíduos em Portugal eram as redes sociais, depois da televisão (54%) (Digital News Report Portugal, 2022).
Última atualização em 15-04-2024