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COMPORTAMENTOS

O nível comportamental diz respeito às ações concretas que os indivíduos levam a cabo. Em geral, decorre das atitudes ou, pelo menos, tem uma relação com elas. Isto é, as nossas disposições valorativas têm efeitos comportamentais. Voltando ao Eurobarómetro especial 480 e aos seus congéneres que remetem a 2013, apresentamos de seguida os aspetos comportamentais considerados mais relevantes. Depois, mostramos outras fontes, nomeadamente do Eurostat e do INE, complementando a informação. Esta poderá ser confrontada com o nível das atitudes.

As preocupações dos portugueses com a internet fizeram alterar o seu comportamento em alguma das seguintes formas? (%)
(Múltiplas respostas possíveis)
  Portugal 2018 Tendência UE (2014-2018) Tendência PT (2014-2018) Tendência PT (2013-2014)
Instalou um software antivírus 44 47 (-14) -6 +26
Não abre emails de pessoas desconhecidas 44 45 (-4) +3 +18
É menos provável fornecer informação pessoal a websites 34 37 (-1) = +3
Só utiliza o seu próprio computador 23 34 (-4) -7 +15
Só visita websites que conhece e nos quais confia 30 32 (-4) +1 +11
Utiliza passwords diferentes para diferentes websites 13 29 (-2) -13 +11
Utiliza passwords mais complexas do que no passado 12 27 ** ** **
Altera as suas passwords regularmente 16 21 (-6) -11 **
Alterou as definições de segurança (ex.: no browser, na rede social online) 9 17 (-1) -6 +3
É menos provável comprar bens e serviços online 17 11 (-2) -8 -13
Cancelou uma compra online devido a suspeitas em relação ao vendedor ou ao website 5 10 (+3) -1 +5
É menos provável usar o banco online 13 9 (-3) -11 -2
Outra [espontâneo] 2 3 (+1) +1 =
Nenhuma/Não está preocupado com a segurança online [espontâneo] 17 15 (+4) +4 -10
Não sabe 1 2 ** +1
Fonte: Eurobarómetro 480, 423 e 404
*Não se estabelece uma comparação com 2017 porque os dados desse ano são recolhidos no âmbito do Eurobarómetro especial 460 Attitudes towards the impact of digitisation and automation on daily life. Sendo uma base estatística semelhante, não é a mesma. Seguimos, portanto, a opção do Eurobarómetro especial 480.
**A pergunta não foi realizada nestes anos. Devido ao menor número de opções, isso pode interferir na comparabilidade dos resultados.

Aspectos sociodemográficos relevantes Portugal 2018
Género Não há diferenças relevantes entre homens e mulheres portugueses a este respeito.
Idade Há menos portugueses a mudar o seu comportamento com mais de 55 anos do que nas restantes faixas etárias. Contudo, quando mudam, tendem a superar em percentagem os outros grupos no que diz respeito a evitar fazer compras online, evitar usar o banco online e a usar apenas o seu computador.
Educação Maior percentagem de portugueses que não mudam o comportamento entre os que estudaram menos de 15 anos (31%) do que nos restantes, 16-19 (14%), +20 (11%) e ainda a estudar (13%).
UE Menor diferença geracional, mas tendência semelhante. De resto, há alinhamento com UE.
As preocupações dos portugueses com a internet fizeram alterar o seu comportamento em alguma das seguintes formas? (%)
(Múltiplas respostas possíveis)
Figura 18
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Para qual destes serviços online, se algum, os portugueses alteraram a password que usam para aceder às suas contas, nos últimos 12 meses? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Comparações com valores da UE
Figura 19
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Para qual destes serviços online, se algum, os europeus alteraram a password que usam para aceder às suas contas, nos últimos 12 meses? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Evolução entre 2017 e 2018
Figura 20
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Destaques

Pouco cuidado dos portugueses com a password, comparando com a UE, com baixa percentagem de utilização de passwords variadas para diferentes websites e de passwords mais complexas do que no passado. Grande descida em termos deste cuidado em relação a 2014;
Reduzido hábito de alteração das definições de segurança em browsers ou redes sociais, com tendência decrescente, comparando com a UE;
Baixa percentagem de cancelamento de compras online devido a suspeitas em relação ao vendedor ou ao website;
Decréscimo acentuado do comportamento que evita usar banco online;
Portugueses mais velhos e que estudam poucos anos tendem a mudar menos o seu comportamento em resultado de preocupações com o cibercrime.
Para qual destes serviços online, se algum, os portugueses alteraram a password que usam para aceder às suas contas, nos últimos 12 meses? (%)
(Múltiplas respostas possíveis)
  Portugal 2018 Tendência UE (2017-2018) Tendência PT (2017-2018) Tendência PT (2014-2017) Tendência PT (2013-2014)
Email 21 34 (-7) -13 -7 +12
Banco online 15 26 (-3) = -14 +21
Redes sociais online 20 24 (-5) -8 +2 -3
Websites de compras 11 15 (-2) +6 -5 +4
Websites de serviços públicos 5 8 (-1) -1 -2 **
Jogos online 4 6 (-1) = -5 **
Outra [espontâneo] 1 5 (-1) -3 +2 **
Nenhum [espontâneo] 59 40 (+3) +6 +14 -18
Não sabe 1 2* = = =
Fonte: Eurobarómetro 480, 464a, 423 e 404
*Dados indisponíveis
**A pergunta não foi realizada nestes anos. Devido ao menor número de opções, isso pode interferir na comparabilidade dos resultados.

Aspectos sociodemográficos relevantes Portugal 2018
Género Não há diferenças relevantes entre homens e mulheres portugueses a este respeito.
Idade Muito menor percentagem de portugueses com mais de 55 anos a mudar a sua password nos últimos 12 meses (21%), comparando com as restantes faixas etárias – 15-24 (52%), 25-39 (43%) e 40-54 (41%).
Educação Muito menor percentagem de portugueses que deixaram de estudar com menos de 15 anos a mudar a sua password nos últimos 12 meses (25%), comparando com os outros grupos – 16-19 (43%), +20 (48%) e estudantes (44%).
UE Tendências semelhantes, mas em Portugal as discrepâncias são mais acentuadas.
Para qual destes serviços online, se algum, os portugueses alteraram a password que usam para aceder às suas contas, nos últimos 12 meses? (%)
(Múltiplas respostas possíveis)
Figura 21
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Para qual destes serviços online, se algum, os portugueses alteraram a password que usam para aceder às suas contas, nos últimos 12 meses? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Comparações com valores da UE
Figura 22
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Para qual destes serviços online, se algum, os europeus alteraram a password que usam para aceder às suas contas, nos últimos 12 meses? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Evolução entre 2017 e 2018
Figura 23
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Destaques

Níveis muito baixos de alteração de password dos serviços online, nos últimos 12 meses, em todos os casos apresentados, com particular discrepância em relação à UE no caso do email (com queda acentuada comparando com o ano anterior) e no caso do banco online;
Percentagem muito elevada, em termos brutos e em relação à UE, de pessoas que não fizeram nenhuma alteração de password dos serviços online apresentados, nos últimos 12 meses.
Nos últimos três anos, com que frequência os portugueses experienciaram pessoalmente ou foram vítimas de cada uma das seguintes situações? (%) *
    Portugal
2018
UE
2018
Descobrir software malicioso (vírus, etc.) no seu dispositivo Uma vez 12 13
Duas ou três vezes 9 12
Mais do que três vezes 3 8
Nunca 75 65
Não sabe 1 2
Roubo de identidade (alguém roubar os dados pessoais e fazer-se passar por si) Uma vez 2 4
Duas ou três vezes 2 2
Mais do que três vezes 1 1
Nunca 94 91
Não sabe 1 2
Roubo de identidade (alguém roubar os dados pessoais e fazer-se passar por si) Uma vez 2 4
Duas ou três vezes 2 2
Mais do que três vezes 1 1
Nunca 94 91
Não sabe 1 2
Ser vítima de fraude em cartão bancário ou em banco online Uma vez 2 6
Duas ou três vezes 2 3
Mais do que três vezes 2 1
Nunca 94 88
Não sabe 0 2
Acidentalmente, encontrar pornografia infantil online Uma vez 2 3
Duas ou três vezes 2 2
Mais do que três vezes 2 2
Nunca 94 91
Não sabe 0 2
Ocorrer hacking das suas redes sociais online ou conta de email Uma vez 3 7
Duas ou três vezes 3 3
Mais do que três vezes 1 2
Nunca 94 86
Não sabe 1 2
Acidentalmente encontrar material online que promove ódio racial ou extremismo religioso Uma vez 3 5
Duas ou três vezes 2 6
Mais do que três vezes 2 7
Nunca 93 80
Não sabe 0 2
Ciberataques que impedem o seu acesso a serviços online, como banca ou serviços públicos Uma vez 2 6
Duas ou três vezes 4 3
Mais do que três vezes 2 2
Nunca 91 87
Não sabe 1 2
Exigência de um pagamento em troca da recuperação do controlo sobre o seu dispositivo Uma vez 2 4
Duas ou três vezes 3 3
Mais do que três vezes 2 2
Nunca 93 89
Não sabe 0 2
Emails fraudulentos ou telefonemas a pedir os seus dados pessoais (incluindo acesso ao computador, login, informação de pagamentos ou bancária) Uma vez 3 9
Duas ou três vezes 4 11
Mais do que três vezes 3 14
Nunca 90 64
Não sabe 0 2
Fraude online em que os bens adquiridos não são entregues, são contrafeitos ou não são como publicitados Uma vez 3 9
Duas ou três vezes 3 4
Mais do que três vezes 1 2
Nunca 92 83
Não sabe 1 2
Fonte: Eurobarómetro 480
*Esta pergunta é realizada pela primeira vez neste inquérito, não permitindo, por isso, realizar comparações com os anos anteriores.

Aspectos sociodemográficos relevantes Portugal 2018
Género Não há diferenças relevantes entre homens e mulheres portugueses a este respeito.
Idade Percentagem menor de portugueses que nunca experienciaram ou foram vítimas das situações descritas entre as pessoas com mais de 55 anos.
Educação Percentagem mais baixa de portugueses que nunca experienciaram ou foram vítimas das situações descritas entre as pessoas com menos estudos.
UE Dados alinhados com UE.
Nos últimos três anos, com que frequência os portugueses experienciaram pessoalmente ou foram vítimas de cada uma das seguintes situações? Pelo menos uma vez (%)
Comparação com valores da UE
Figura 24
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Destaques

Em geral, os portugueses experienciaram pessoalmente ou foram vítimas de cada uma das situações apresentadas menos do que os restantes europeus. Contudo, esta discrepância é particularmente notória no que diz respeito a receber emails fraudulentos ou telefonemas a pedir os dados pessoais (o mais alto na UE), descobrir software malicioso no seu dispositivo e acidentalmente encontrar material online que promove ódio racial ou extremismo religioso;
A situação mais experienciada é o software malicioso, em alinhamento com a restante UE.
O que fizeram os portugueses em cada uma das seguintes situações experienciadas pessoalmente ou de que foram vítimas? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) *
    Portugal
2018
UE
2018
Descobrir software malicioso (vírus, etc.) no seu dispositivo Nada 15 42
Contactava a polícia 4 5
Contactava o website/vendedor 3 12
Contactava o fornecedor do serviço de internet 7 15
Contactava uma organização de proteção do consumidor 4 4
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 7 2
Outro [espontânea] 22 14
Não sei 65 3
Roubo de identidade (alguém roubar os dados pessoais e fazer-se passar por si) Nada 44 24
Contactava a polícia 30 34
Contactava o website/vendedor 18 23
Contactava o fornecedor do serviço de internet 4 16
Contactava uma organização de proteção do consumidor 3 8
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 0 11
Outro [espontânea] 0 6
Não sei 12 5
Ser vítima de fraude em cartão bancário ou em banco online Nada 32 11
Contactava a polícia 34 36
Contactava o website/vendedor 13 30
Contactava o fornecedor do serviço de internet 10 10
Contactava uma organização de proteção do consumidor 14 8
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 3 16
Outro [espontânea] 0 12
Não sei 8 6
Acidentalmente, encontrar pornografia infantil online Nada 31 41
Contactava a polícia 33 22
Contactava o website/vendedor 5 16
Contactava o fornecedor do serviço de internet 18 12
Contactava uma organização de proteção do consumidor 8 8
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 2 12
Outro [espontânea] 0 6
Não sei 6 6
Ocorrer hacking das suas redes sociais onlineou conta de email Nada 22 28
Contactava a polícia 29 12
Contactava o website/vendedor 18 28
Contactava o fornecedor do serviço de internet 14 18
Contactava uma organização de proteção do consumidor 7 6
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 10 11
Outro [espontânea] 12 8
Não sei 4 5
Acidentalmente encontrar material online que promove ódio racial ou extremismo religioso Nada 35 52
Contactava a polícia 20 10
Contactava o website/vendedor 14 18
Contactava o fornecedor do serviço de internet 7 8
Contactava uma organização de proteção do consumidor 3 3
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 10 13
Outro [espontânea] 5 11
Não sei 4 5
Ciberataques que impedem o seu acesso a serviços online, como banca ou serviços públicos Nada 37 41
Contactava a polícia 17 14
Contactava o website/vendedor 22 21
Contactava o fornecedor do serviço de internet 12 15
Contactava uma organização de proteção do consumidor 0 7
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 3 9
Outro [espontânea] 11 5
Não sei 10 5
Exigência de um pagamento em troca da recuperação do controlo sobre o seu dispositivo Nada 31 38
Contactava a polícia 29 18/td>
Contactava o website/vendedor 19 14
Contactava o fornecedor do serviço de internet 14 12
Contactava uma organização de proteção do consumidor 7 8
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 2 7
Outro [espontânea] 2 12
Não sei 5 5
Receber emails fraudulentos ou telefonemas a pedir os seus dados pessoais (incluindo acesso ao computador, login, informação de pagamentos ou bancária) Nada 46 47
Contactava a polícia 20 14
Contactava o website/vendedor 7 17
Contactava o fornecedor do serviço de internet 16 11
Contactava uma organização de proteção do consumidor 7 11
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 8 13
Outro [espontânea] 6 6
Não sei 2 3
Fraude online em que os bens adquiridos não são entregues, são contrafeitos ou não são como publicitados Nada 42 18
Contactava a polícia 17 19
Contactava o website/vendedor 30 51
Contactava o fornecedor do serviço de internet 8 12
Contactava uma organização de proteção do consumidor 8 10
Reportava a situação atravésde um website ou email oficial 2 9
Outro [espontânea] 8 3
Não sei 5 3
Fonte: Eurobarómetro 480
*Esta pergunta é realizada pela primeira vez neste inquérito, não permitindo, por isso, realizar comparações com os anos anteriores.
Aspectos sociodemográficos relevantes Portugal 2018
Género As mulheres portuguesas tendem a agir mais em grande parte dos casos, em particular em relação a, acidentalmente, encontrar pornografia infantil (71% mulheres e 55% de homens). Contudo, os homens portugueses agem mais quando, notoriamente, estão perante, acidentalmente, material online que promove ódio racial ou extremismo religioso (75% homens e 50% de mulheres), mas também se forem vítimas de fraude em cartão bancário ou em banco online e se lhes pedirem um pagamento em troca da recuperação do controlo sobre o seu dispositivo (ransomware).
Idade Não há um padrão nas respostas. Qualquer dos grupos etários de portugueses aparece, em algumas situações, como destacado em relação aos demais. Por exemplo, as pessoas com idades entre os 15 e os 24 anos reagem ligeiramente mais do que os outros em relação ao software malicioso (87%) – mas é dos grupos que menos sobressai nas outras situações; entre os 25 e os 39 anos, reagem mais a, acidentalmente, encontrar pornografia infantil (88%); entre os 40 e os 54 anos, a ciberataques que impedem o acesso a serviços online (70%); com mais de 55, tendem a reagir mais à receção de emails fraudulentos ou telefonemas (75%).
Educação Percentagem maior em relação aos demais dos que agiram pelo menos uma vez, em quase todas as situações, entre os portugueses que estudaram no máximo até aos 15 anos, embora nem sempre com uma diferença muito elevada.
UE O conjunto dos países da UE apresenta dados mais uniformes entre géneros, gerações e nível educacional do que Portugal.
O que fizeram os portugueses em cada uma das seguintes situações experienciadas pessoalmente ou de que foram vítimas? Pelo menos uma ação (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Comparação com valores da UE
Figura 25
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Destaques

A falta de ação (”Nada” + “Não sei”) é a opção que mais sobressai em relação a quase todas as situações. Contudo, em Portugal, em geral, reage-se mais do que na UE às situações apresentadas;
Em termos de contactos, aquele que se faz com a polícia é relevante, em particular quando se é vítima de fraude em cartão bancário ou em banco online (tal como na UE), acidentalmente, encontrar pornografia infantil online ou quando ocorre hacking das suas redes sociais online ou conta de email, aspetos desalinhados com a UE;
Discrepância importante em relação à UE no que diz respeito à reação à descoberta de software malicioso, situação na qual na UE tende-se a não reagir, ao contrário de em Portugal;
Em Portugal, existem notórias diferenças sociodemográficas entre grupos, permitindo a delimitação de perfis. Por exemplo, os homens agem menos em relação à pornografia infantil e mais no que diz respeito ao ódio racial e extrem-ismo religioso do que as mulheres; os indivíduos entre os 25 e os 39 anos também tendem a reagir mais à pornografia infantil; e as pessoas com menos estudos agem mais em relação a quase todas as situações – estas diferenças contrariam a autoimagem de quem se imagina a reagir, aspeto no qual existe mais uniformidade, como verificável no indicador 8.
Os cibercrimes incluem muitos tipos de atividade criminal. Quão preocupados estão os portugueses, pessoalmente, acercade experienciar ou ser vítima das seguintes situações? (%)
  Portugal 2018 Tendência UE (2017-2018) Tendência PT (2017-2018) Tendência PT ** (2014-2017)
O uso da internet pela criança é monitorizado 13 22 (+4) -1 +3
As definições de segurança do browser para uso das crianças são ajustadas 9 14 (+1) -1 =
O tempo gasto pela criança online é limitado 15 19 (+3) = =
Os riscos online são discutidos com a criança 11 20 (+1) -9 +2
Gostaria de fazer algo, mas não sabe como 6 3 (=) +3 +2
Outro 2 4 (+2) = +1
Nada 1 5 (=) -10 +8
Não se aplica 62 52 (-6) +3 -4
Não sabe 2 2 (=) +2 -1
Total algo é feito 29 36 (*) +1 *
Fonte: Eurobarómetro 480, 464a e 423
*Dados indisponíveis.
**Questão não realizada em 2013.

Aspectos sociodemográficos relevantes Portugal 2018
Género Considerando as percentagens de pessoas a quem esta pergunta não se aplica, as diferenças encontradas entre os grupos não são consideradas relevantes.
Idade
Educação
UE
Considerando o assédio online de crianças com menos de 16 anos (por exemplo, bullying ou grooming), o que os portugueses fazem, se alguma coisa, no seu espaço doméstico, para as proteger enquanto estão online? (%)
(Múltiplas respostas possíveis)
Figura 26
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Considerando o assédio online de crianças com menos de 16 anos (por exemplo, bullying ou grooming), o que os portugueses fazem, se alguma coisa, no seu espaço doméstico, para as proteger enquanto estão online? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Comparação com valores da UE
Figura 27
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Considerando o assédio online de crianças com menos de 16 anos (por exemplo, bullying ou grooming), o que os europeus fazem, se alguma coisa, no seu espaço doméstico, para as proteger enquanto estão online? (%)
(Múltiplas respostas possíveis) Evolução entre 2017 e 2018
Figura 28
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Destaques

A ação mais comum dos portugueses para proteger as crianças do assédio online é a limitação do tempo gasto pelas crianças online e a monitorização do uso, ainda que abaixo da UE;
Os portugueses tendem a discutir menos o assunto com os seus filhos do que na UE, havendo uma descida acentuada em relação ao último inquérito;
Outra descida acentuada em relação a 2017 é na percentagem de portugueses que respondem que não fazem nada.

Complementar ao relatório analisado, no que diz respeito ao comportamento, uma outra fonte muito relevante é o inquérito, de 2018, do Eurostat Confiança, Segurança e Privacidade no Uso de Smartphones. Tendo em conta a importância deste tipo de produto tecnológico hoje em dia, as boas práticas no seu uso são essenciais para uma efetiva cibersegurança dos indivíduos e das organizações. Vejamos o resultado das respostas dos portugueses, comparando com a UE, relativamente a este domínio. Neste caso, não é possível comparar com anos precedentes porque o inquérito não foi realizado anteriormente.

Confiança, segurança e privacidade no uso de smartphones por parte dos portugueses em 2018 (%)
  Portugal 2018 UE 2018
  Indivíduos Indivíduos que usaram a internet no último ano Indivíduos que usaram o smartphone no último ano Indivíduos Indivíduos que usaram a internet no último ano Indivíduos que usaram o smartphone no último ano
Indivíduos que usam o smartphone para fins privados 58 76 Não se aplica 75 86 Não se aplica
O smartphone tem algum sistema de segurança, instalado automaticamente ou providenciado com o sistema operativo 24 32 42 32 38 43
O smartphone tem algum sistema de segurança, instalado por alguém ou subscrito 11 15 20 12 13 15
Indivíduos que já perderam informações, imagens, documentos ou outro tipo de dados no smartphone em resultado de um vírus ou outro tipo de programa hostil 2 2 3 4 5 5
Indivíduos que, pelo menos uma vez, restringiram ou recusaram o acesso a dados pessoais, quando usaram ou instalaram uma aplicação no smartphone 34 45 59 43 50 58
Indivíduos que nunca restringiram ou recusaram o acesso a dados pessoais, quando usaram ou instalaram uma aplicação no smartphone 12 15 20 21 24 28
Indivíduos que não sabiam que era possível restringir ou recusar o acesso a dados pessoais, quando usaram ou instalaram uma aplicação no smartphone 4 6 8 5 6 7
Fonte: Eurostat 2018a

Confiança, segurança e privacidade no uso de smartphones por parte dos portugueses em 2018
Comparação com valores da UE (%)
Figura 29
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Destaques

Mais de metade dos indivíduos, em todas as incidências, em Portugal e na UE, consideram não possuir sistemas de segurança nos seus smartphones, instalados automaticamente, providenciados com o sistema operativo, instalados por alguém ou subscritos – Portugal, a este respeito, está ainda mais abaixo do que a UE;
Portugal está relativamente alinhado com o resto da UE quanto à percentagem de indivíduos que já restringiram ou recusaram o acesso a dados pessoais quando usaram ou instalaram uma aplicação no smartphone (entre 34% e 59%, dependendo da incidência) – ainda assim, existe uma discrepância um pouco maior em relação à UE, com resultados menores para Portugal, se considerarmos todos os indivíduos, 34% (PT) para 43% (UE);
Contudo, a percentagem de indivíduos que nunca restringiram ou recusaram o acesso a dados pessoais quando usaram ou instalaram uma aplicação no smartphone em Portugal é ligeiramente inferior à da UE, 12% e 21%, respetivamente.

Também do Eurostat, respeitante a 2018, o inquérito Procedimentos de Identificação Usados para os Serviços Online mostra-nos alguns dados relevantes acerca de aspetos relacionados com o uso de passwords, PIN e redes sociais como meios de autenticação

Procedimentos de identificação usados para os serviços online por parte dos portugueses em 2018 (%)
  Portugal 2018 UE 2018
  Indivíduos Indivíduos que usaram a internet no último ano Indivíduos Indivíduos que usaram a internet no último ano
Indivíduos que usaram login simples com nome de utilizador e password como procedimento de identificação para serviços online 60 80 70 81
Indivíduos que usaram o login das redes sociais noutros serviços como procedimento de identificação de serviços online 37 49 29 33
Indivíduos que usaram um token de segurança como procedimento de identificação para serviços online 10 13 14 16
Indivíduos que usaram certificado de identificação eletrónica ou cartão utilizado num leitor de cartões como procedimento de identificação para serviços online 6 8 15 17
Indivíduos que usaram um procedimento que envolve o seu telemóvel (um código recebido através de mensagem) como forma de identificação para serviços online 38 51 38 44
Indivíduos que usaram a lista de códigos PIN de uso único como procedimento de identificação para serviços online 25 33 26 30
Indivíduos que usaram outro procedimento de identificação eletrónica para serviços online 4 6 5 6
Fonte: Eurostat 2018
Procedimentos de identificação usados para os serviços online por parte dos portugueses em 2018 (%)
Comparação com valores da UE
Figura 30
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Destaques

Quase metade dos portugueses inquiridos usam o login das redes sociais noutros serviços como procedimento de identificação de serviços online, numa percentagem maior (37%) do que o conjunto dos países da UE (29%);
Baixa percentagem de portugueses (6%) que usaram um certificado de identificação eletrónica ou um cartão utilizado num leitor de cartões como procedimento de identificação para serviços online, comparando com a UE (15%);
Percentagem relevante dos portugueses (38%) usaram um procedimento que envolve o seu telemóvel (um código recebido através de mensagem) como forma de identificação para serviços online, igual à UE.

Ainda do Eurostat, embora com indicadores menos recentes (o último é de 2017), considera-se pertinente apresentar a evolução dos dados respeitantes às Barreiras Percebidas na Compra/Encomenda pela Internet, em particular respeitantes às preocupações com a segurança no pagamento.

Barreiras percecionadas pelos portugueses quanto a comprar/encomendar através da internet: preocupações com a segurança de pagamento (%)
  Portugal UE
  Indíviduos Indíviduos
  2017 Tendência 2015-2017 Tendência 2019-2015 2017 Tendência 2015-2017 Tendência 2019-2015
Indivíduos que, nos últimos 12 meses, não compraram/encomendaram bens ou serviços pela internet para uso privado, devido a preocupações com a segurança de pagamento 29 +3 +5 7 -1 -3
Fonte: Eurostat 2017
Portugueses que, nos últimos 12 meses, não compraram/encomendaram bens ou serviços pela internet para uso privado, devido a preocupações com a segurança de pagamento (%)
Comparação com valores da UE
Figura 31
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Destaques

Elevada percentagem de portugueses que, nos últimos 12 meses, não compraram/encomendaram bens ou serviços pela internet para uso privado, devido a preocupações com a segurança de pagamento (29%), com um crescimento de 8 pp em relação a 2009, com manifesta discrepância em relação à UE (7%), a qual desce 4 pp comparando com 2009.

Com dados respeitantes a 2019, o Inquérito ao Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em Contexto Doméstico, do INE, apresenta um indicador que diz respeito ao comportamento, que consideramos relevante para este relatório.

Proporção de pessoas, com idades entre os 16 e os 74 anos, por tipo de atividade cuja execução foi limitada nos últimos 12 meses anteriores à entrevista, devido a preocupações de segurança, em Portugal, 2019 (%)
Limitação de pelos menos uma atividade 49
Encomendar ou comprar produtos ou serviços 26
Internet banking 22,8
Providenciar informação pessoal em redes sociais ou profissionais 32,5
Comunicar com serviços públicos ou administrativos 10,4
Download de software ou apps, música, ficheiros de vídeo, jogos ou outros ficheiros de dados 22,6
Usar a internet por via Wi-Fi 19
Outra atividade 5,1
Fonte: IUTICFamílias
Proporção de pessoas, com idades entre os 16 e os 74 anos, por tipo de atividade cuja execução foi limitada nos últimos 12 meses anteriores à entrevista, devido a preocupações de segurança, em Portugal, 2019 (%)
Figura 32
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Destaques

Quase metade dos portugueses inquiridos limitou pelo menos uma atividade fruto de preocupações com a segurança;
A atividade mais afetada é a que diz respeito a providenciar informação pessoal em redes sociais e profissionais;
A encomenda ou compra de produtos ou serviços é a segunda atividade mais limitada.
COMPORTAMENTO DOS PORTUGUESES FACE À CIBERSEGURANÇA
SÍNTESE

Cuidados insuficientes com uso de passwords.

Mais anos de estudos e menos idade favorecem a mudança positiva de comportamento

Menor percentagem a relatarem ter tido experiências de cibercrime do que na U

Pouca reação perante situações de cibercrime, mas melhor do que na UE.

Quando há reação, sobressai o contacto com a polícia como opção mais escolhida

Discute-se pouco o assédio online com os filhos.

Baixa percentagem de portugueses que afirmam ter sistema de segurança no smartphone.

Elevado uso de login das redes sociais noutros serviços como procedimento de identificação.

A preocupação com a segurança no pagamento interfere com as compras online.

A preocupação com a segurança condiciona a partilha de informação pessoal nas redes sociais


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Última atualização em 18-07-2022