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INTRODUÇÃO

O documento que se apresenta é produto do desenvolvimento do Observatório de Cibersegurança e da definição de Linhas de Observação, subtemas e indicadores que nessa sede se realizou. É consequência de uma articulação com a sociedade civil na medida em que várias organizações foram contactadas no sentido de contribuírem para este projeto. Acresce que foi essencial contar com a participação do Conselho Consultivo do Observatório de Cibersegurança, para um maior escrutínio e validade das escolhas feitas do ponto de vista científico, ainda que a responsabilidade pelo documento e sua versão final seja totalmente do Centro Nacional de Cibersegurança (CNC

O Observatório de Cibersegurança tem como objetivo, com este Relatório, divulgar dados, de modo mais estruturado e focado, sobre a componente social da cibersegurança em Portugal, uma vertente nem sempre considerada com a devida atenção

Grande parte da informação utilizada encontra-se disponível em fonte aberta. Todavia, com esta análise, tem-sea pretensão de oferecer uma compilação com aspetos comparativos e temporais que acrescentam valor à informação disponível noutras fontes. Privilegiam-se aquelas que se referem a 2018 ou 2019 e que podem estabelecer paralelos internacionais, embora ambas as intenções nem sempre se concretizem, não se abdicando de indicadores respeitantes a 2017 ou de incidência nacional apenas, quando considerados pertinentes. Em qualquer dos casos, sempre que possível, estabelece-se a linha temporal e respetiva tendência. Em diversas situações, foi possível remeter sequências de indicadores até 10 anos antes, acedendo a uma visão temporalmente mais longa do estado da componente social da cibersegurança no paí

A Linha de Observação Sociedade tem como objetivo analisar as atitudes e os comportamentos dos portugueses na sua relação com a cibersegurança, bem como aspetos ligados à formação. É habitual referir esta componente como sendo o “fator humano”. Em termos científicos, inclui diversas áreas, como a Sociologia, a Psicologia, as Ciências da Comunicação ou as Ciências Empresariais. Numa perspetiva societal, pretende focar-se no elemento comportamental da cibersegurança, evitando compreensões deste domínio confinadas à vertente tecnológi

Considerando os indicadores disponíveis e uma tradição nas Ciências Sociais que estabelece uma distinção entre atitudes e comportamentos (Ajzen 1993), divide-se a análise desta Linha de Observação em ão em três subcapítulos:

Atitudes, respeitante à medição das crenças, valores, disposições mentais e emocionais dos portugueses em relação à cibersegurança

Comportamentos, referente à medição das ações que os portugueses realizam no âmbito das tecnologias digitais em termos de cibersegurança

Educação e Sensibilização, medição da quantidade de ações que procuram formar os portugueses em cibersegurança, quer no ensino formal, quer através de programas orientados ao cidadão, e a quantidade de inscritos e diplomados.

O Relatório apresenta de seguida os três subtemas (atitudes, comportamentos e educação/sensibilização) nos quais se sustenta, dando início à análise. Ao longo do texto, procura dar-se destaque aos aspetos mais importantes, mas também deixar informação disponível para outros enfoques eventualmente considerados úteis. Em cada um dos capítulos, explicam-se as fontes, apresentam-se os indicadores selecionados numa tabela comparativa1, faz-se uma análise demográfica (se disponível), mostra-se uma representação através de gráficos e enquadra-se um destaque de leitura com os aspetos considerados mais relevantes em termos de interpretação. No fim de cada um dos três subcapítulos, faz-se uma síntese com os tópicos que sobressaem das páginas anteriores. No final do relatório, apresentam-se algumas notas conclusivas, uma nota metodológica explicando as fontes e as técnicas utilizadas, bem como os Parceiros, o Conselho Consultivo e as referências principais.


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Última atualização em 18-07-2022